07/07/2010

Simplesmente...bonito de se ler

“A maneira como enfrentamos as rejeições, decepções, erros, perdas, sentimentos de culpa, conflitos nos relacionamentos, críticas e crises profissionais pode gerar maturidade ou angustia, segurança ou traumas, líderes ou vítimas. Alguns momentos geraram conflitos que mudaram as nossas vidas ainda que não percebamos.

Algumas pessoas não se levantaram mais depois de certas derrotas. Outras nunca mais tiveram coragem de olhar para o horizonte com esperança depois das suas perdas. Pessoas sensíveis foram encarceradas pela culpa, tornaram-se reféns do seu passado depois de cometerem certas falhas. A culpa asfixiou-as.

Alguns jovens extrovertidos perderam para sempre a sua auto-estima depois de serem humilhados publicamente. Outros perderam a primavera da vida ao serem rejeitados pelos seus defeitos físicos ou por não terem um corpo segundo o padrão doentio da beleza ditada pelos media.

Alguns adultos nunca mais se levantaram depois de atravessar uma grave crise financeira. Mulheres e homens perderam o romantismo depois de fracassarem nos seus relacionamentos afectivos, após terem sido traídos, incompreendidos, feridos ou não amados.

Filhos perderam a vivacidade nos olhos depois de um dos seus pais ter fechado os olhos para a existência. Sentiram-se sós no meio da multidão. Crianças perderam a ingenuidade depois da separação traumática dos pais. Foram vítimas inocentes de uma guerra que nunca entenderam. Trocaram a brincadeira pelo choro oculto e cálido.

A complexidade da mente humana faz-nos transformar uma borboleta num dinossauro, uma decepção num desastre emocional, um ambiente fechado num cubículo sem ar, um sintoma físico num prenúncio de morte, um fracasso num objecto de vergonha.

Precisamos de resolver os nossos monstros secretos, as nossas feridas clandestinas, a nossa insanidade oculta.”

Excerto retirado do livro “Nunca desista dos seus Sonhos” de Augusto Cury (acho que nunca referi mas gosto muito da escrita e da visão deste senhor, sem dúvida um grande psicólogo)

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